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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Somos Um..


Informação genética
As pessoas, animais, plantas e outros organismos não são nada mais que formas que sua informação genética encontrou para interagir com o ambiente externo e se multiplicar. Ou seja, somos uma ferramenta de nossa própria essência com o objetivo central de existir, hoje e sempre.


Algumas pessoas se sentem incomodadas ao sequer imaginar que a raça humana, e, por tabela, elas mesmas, não são o centro do Universo. Ou seja, indagar sobre o papel coadjuvante, ou simplesmente figurante, da humanidade na história da Vida, do Universo e Tudo Mais. Eu, por outro lado, sempre fiquei fascinado ao me questionar sobre o quanto a humanidade era relevante em um tabuleiro tão extenso e com tantas peças. Sendo assim, rapidamente me interessei pelas implicações lógicas da afirmação inicial da postagem.



Em algum momento em um passado muito distante, de alguma forma impossível de ser determinada agora, surgiram, na Terra, as primeiras estruturas com a capacidade de transmitir informações: os ácidos nucleicos. Independente de seu real motivo, a função básica dessas estruturas era se replicar, passando suas informações para a linhagem nova. E assim foi por muito tempo.
No entanto, sua obrigação de se replicar era tão grande que o processo precisava ser otimizado para acelerar a replicação. Assim, essas estruturas começaram a apresentar, por meio de mutações e combinações genéticas, variações, tornando-as mais complexas, com novas interações com o ambiente externo. Depois de muito tempo nesse processo, as estruturas já apresentavam uma complexidade tão grande e com tamanha variabilidade entre si, que passou-se a diferenciá-las através de suas fisiologias e estratégias de sobrevivência. Existiam estruturas com membros e todo um sistema capaz de aproveitar a energia solar para manter suas atividades, outras utilizavam as anteriores como fonte de energia para manter seu funcionamento. E dentro dessas, podia-se, claramente, verificar diferenças de modo de vida, com organismos que andavam, voavam, nadavam, viviam debaixo da terra, em árvores, na sombra, no sol, noturnos, diurnos, com sangue quente, sangue frio, dentes, bicos, cartilagem, ossos, penas, pelos, entre outras incontáveis e infinitas possibilidades.
Apesar de tantas diferenças, todos, sem exceção, e sem saber ao certo o porquê, almejavam o mesmo: replicar-se, transmitindo sua informação para a nova linhagem.

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A grande questão é: Se todos se originaram de uma informação inicial que se replicou e se adaptou de várias formas para manter sua existência, não é possível dizer que cada ser neste planeta possui a mesma origem e, mais do que isso, que são, em sua essência, o mesmo ser?

Seguindo essa linha de raciocíneo, se considerarmos a existência divina na criação dessa primeira informação genética, de forma que a mesma seja, na realidade, a vontade divina, seria razoável dizer que além de, em essência, sermos todos um só, também somos a vontade de Deus, mesmo que ninguém possa dizer exatamente que vontade é essa (para onde vamos).



Acho interessante pensar que somos vassalos de nós mesmos e que formamos um único ser expresso nas mais variadas formas, seguindo, no final das contas, uma diretriz superior (divina ou não)..  Mas e você, o que pensa a respeito de todas as coisas?

Enfim, esse foi mais um post da série de posts filosóficos sem pé nem cabeça.

Até a próxima postagem!