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domingo, 11 de fevereiro de 2018

Para que serve o coração?

Essa semana foi tão cansativa, estressante, deprimente, triste, desafiante, empolgante, divertida, alegre e recompensadora. Tudo isso ao mesmo tempo e sem trégua para um respiro. Sentir é uma dádiva e uma maldição ao mesmo tempo.

E é exatamente assim, em meio a tantas contradições, que tentamos entender o mundo e ir vivendo nossas vidas. Basta ter um coração para fazer parte de uma multitude de volúveis peças defeituosas de uma máquina perfeita que trabalha sem descanso, obcecadamente em direção a um destino desconhecido, quiçá sem qualquer significado.

Uma vez li uma série de livros de um consagrado autor de ficção científica, chamado Isaac Asimov, no qual propunha-se a existência de uma ciência, baseada em conceitos de história, estatística e sociologia, capaz de prever o futuro de populações com base no estudo das ações coletivas. No entanto, tal ciência era completamente falha ao tentar lidar com pequenas populações, nas quais ações individuais possuem um peso maior, podendo conduzir a sociedade por um caminho diferente do esperado.

De forma semelhante tal conceito também se aplica, até certo ponto, aos estudos na área que me dedico: É relativamente fácil prever o comportamento de uma comunidade microbiana em um biorreator quando se conhece as características dessa comunidade e as condições as quais ela é submetida. Por outro lado, entender a fundo todas as vias metabólicas de um único indivíduo e antecipar com exatidão seu desempenho é muito mais complicado. E nem estamos entrando na esfera sentimental caótica, tão particular do ser humano.

O grande problema disso, é se dar conta de que, por mais que você possa enxergar um contexto e entender o funcionamento do mundo, você ainda será apenas uma das peças volúveis, caóticas e, portanto, imprevisíveis e vulneráveis.

Com isso, a conclusão é de que há apenas duas opções: (i) abdicar dos sentimentos e se tornar um ser completamente racional, no controle de sua própria vida. (ii) admitir que a vida, o universo e tudo mais tende, intrinsecamente, à entropia crescente e não há nada que você possa fazer para impedir isso.

O problema da primeira opção é que ela é meramente uma ilusão.  A segunda opção, por sua vez, pode ser aterrorizante demais para algumas pessoas ou empolgante para outras, mas, certamente, é  a maneira mais emocionante de se viver.
 
Recentemente decidi voltar a desenhar. Foi uma boa decisão, senti falta de desenhar nos últimos anos.

Daily post

I am so tired, but I will write some more words here. I feel I have never been so connected to my feelings as I am nowadays. It can be completely scary sometimes, especially when I realize I absolutely cannot control my feelings and, sometimes, I cannot even foresee what is coming in my heart or how I will react to something. Definitively, I am more sensitive now and this is so tiring…

The good is I am learning more about a part of myself that I never really understood. In the past, I used to read some shoujo mangas to learn more about feelings. I am not sure it was a good strategy. Probably not. So, I hope this phase ends well and I become a better person.

私の日記

私は中国語をべんきょうしている。とてもおもしろいだ、でも難しだね。先生が私の中国の友だちだ。ときどき日本語は中国語とおなじだから、やさしくわからす。

Post scriptum

Já faz um tempo, mas consegui recuperar parte das minhas roupas do apartamento interditado. Ainda tem algumas coisas que ficaram lá que eu gostaria de recuperar logo, mas parece que não vai ser muito fácil. Semana que vem a Nah vem me visitar. Estou tão feliz por isso! :)

No laboratório as coisas estão bastante cansativas agora que comecei a operar 4 reatores ao mesmo tempo. Como faço coletas duas vezes por semana, acabo tendo 20 amostras por semana. É uma trabalheira, mas estou contente. Com a grande carga de trabalho, senti necessidade de voltar a organizar minhas tarefas diárias e, para tanto, revivi minha conta no Habitica. É necessário ter uma certa disciplina, mas é uma maneira bem divertida de se organizar.

Meu personagem no Habitica - conforme você cumpre tarefas da sua lista, o personagem ganha pontos, moedas, itens e evolui.

Em relação ao tema principal da publicação, uma das coisas interessantes dessa fase é que eu sinto que tenho conseguido transmitir ou extravasar meus sentimentos desenhando, por isso escolhi um dos meus desenhos para ilustrar o texto. Escrever também tem sido uma forma de me conectar comigo mesmo e o Rex Aurum tem contribuído muito para isso - desculpe se dessa vez o texto foi mais centrado em mim mesmo, prometo que da próxima vez escrevo sobre algo mais interessante.

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